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...Passo e bailo no nada, no nada floresço....

sexta-feira, 15 de março de 2019

Um pedido de liberdade (Vanessa Ferreira)




Porque transformas tudo em poesia?
A verdade é que...
És tão pura e virgem
E teu canto ecoa dia após dia,
Então te fazes amante e experiente
Em tuas linhas e riscos?
Mas volta a tua natureza
E ao se despir de teus versos
Vês que ninguém te tocou,
E agora me dás os lábios teus,
Teu corpo
E a chama do seu teu
Num poema que escrevestes,
No diário secreto
Das donzelas em apuros
Das pálidas e frias
Num livro ultra-romântico.
Mentes sobre tudo,
Sobre mim,
E quem sou?
Um amor ou capricho tolo
A qual teimas esquentar-te o corpo
Numa fantasia ingênua?
Mentes de quem quer que seja
E dessa certa volúpia esqueça
Pois nada sou para ti
Para os teus pés...
Ora, me idolatras, idealizas
E alimenta meu ego,
Mas agora voltas ou vens!
Voltas ou vens...
De certo tem medo de perder a ternura
E a doçura infantil,
Sabes que ao apertar-te o seio
E ao embaralhar-te os cabelos,
De fato faria pensar que sou eu que a corrompi!
E é secreto esse seu beijo
Que me desses por mil vezes
Num tema literário
E o que fazemos em teus poemas?
Ah! Tola não sabe!
Não desfrutastes do prazer verdadeiro
E ainda não te fartasse com o vinho.
Temo,
Não por mim que sou conhecedor,
Mas de tua aparente experiência,
És inda trajada da inocência
Que não me lembro quando tive...
Oras, esconde teu segredo
Abandona deixa os medos
E deixa de me amar
Pare de sonhar comigo
De se entregar a mim em seus inscritos
E se ficar aqui
Não se arrependa depois...


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