Rios de sangue se formam dentro de mim
E as correntes unidas a terra
Puxam-me a gravidade
Então meu casulo interno desfeito
Volta para terra de onde veio
De onde viemos todos
Do ventre de uma mãe
E em agonia contorce o útero sem companhia
Desprende o grão de onde pode se surgir a vida
Rasgando-se em mil pedaços
Dissipando em protesto
Escorrendo pelas pernas
E todo mês retorna fazendo sua anunciação.
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