.

...Passo e bailo no nada, no nada floresço....

quinta-feira, 28 de março de 2019

Topo (Vanessa Ferreira)



Quando aproxima-se de meu rosto
Fluem  choques no meu corpo
Sinto-o dormente
Pronto para ceder a um suspiro
Eu prendo e escondo a mim o som.

Imagens psicodélicas e cores surgem em minhas pálpebras ao fechar os olhos
Meus braços e pernas agem sem mim
Estou fluindo
Derretendo
Desfazendo-me.

A paz tal como o pico do cume
Uma árvore contorcida cheia de flores
Me contorço
Adapto-me a seus movimentos
Entro numa dança mental
Entro em colapso
Saio do meu corpo
Não há explicação para essa quase morte.

Minha alma dança acima dos nossos corpos
Ela valsa
Cheia de tranças
Até que vislumbro a Via Láctea em toda sua glória.

Tenho medo
Vou da depressão a mania e a hipomania
Meu ser não suporta a grande visão
E tudo silencia
E finda-se o frenesi.






Nenhum comentário:

Postar um comentário