.

...Passo e bailo no nada, no nada floresço....

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Incertezas do coração (Vanessa Ferreira)



Entre meus seios sinto algo pulsar
E não para de bater embaixo do espartilho
Está ali sangrando inda vivo,                                                               
por mais que se apertem as fitas.
Não há nada a escutar só o seu som
Sua batida.

Quantas vezes posso oferecê-lo?
Quantos desenganos ainda suporta?
Ainda haveria delícias em meio à dor?
E as amarras não o sufocariam?
Diria: Arranque-me as cintas, quero respirar?

Tenho em mãos, devo oferecê-lo?
Não sobreviveria sem ele, não viveria sem um coração,
Não sei se diria o mesmo.

                                      II

Os olhos me cercam cravados no espelho, me intimidam
Devo crer que falam a verdade?
Se olhar os luzeiros que formam constelações,
Vejo quão pequenos são os meus
Inda me perturbam lembrando-me de buscar respostas,
Respostas em mim.

                                       III
A sede de respostas   incomuns               me mantém vivo.
Cercam-me                a fé                       a vontade.
A solução                  é querer                 o saber.
Fascinam-me                questionamentos     e possibilidades.





Nenhum comentário:

Postar um comentário