Entre meus seios sinto algo pulsar
E não para de bater embaixo do
espartilho
Está ali sangrando inda vivo,
por
mais que se apertem as fitas.
Não há nada a escutar só o seu som
Sua batida.
Quantas vezes posso oferecê-lo?
Quantos desenganos ainda suporta?
Ainda haveria delícias em meio à
dor?
E as amarras não o sufocariam?
Diria: Arranque-me as cintas, quero
respirar?
Tenho em mãos, devo oferecê-lo?
Não sobreviveria sem ele, não
viveria sem um coração,
Não sei se diria o mesmo.
II
Os olhos me cercam cravados no
espelho, me intimidam
Devo crer que falam a verdade?
Se olhar os luzeiros que formam
constelações,
Vejo quão pequenos são os meus
Inda me perturbam lembrando-me de
buscar respostas,
Respostas em mim.
III
A sede de
respostas incomuns
me
mantém vivo.
Cercam-me
a fé a vontade.
A solução é querer o saber.
Fascinam-me questionamentos e possibilidades.
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