Fecho os olhos
Penso que estou morta
Por entre as correntezas
No fundo do oceano.
Nas profundezas não há som
Não há vozes
Nem a de minha consciência
Nem sei quando silenciou,
Só há o infinito cheio de água
E marisia.
Abro os olhos
O que vejo é minha banheira
A água que jorra
Por cima do meu corpo...
Volto a fechar os olhos
Flutuo no meio do mar,
A cada onda espumante
Se vai minha dor.
E as águas preenchem
O vazio de minha existência,
E do meu coração,
E levam-me dançante
Me misturando a elas.
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