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...Passo e bailo no nada, no nada floresço....

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O MERGULHO (Vanessa Ferreira)

Já quis gritar
agora emudeço.
Já quis falar
Mas pra tudo há um preço.
Eu procurei em minha inquietude respostas
e não encontrei.
De fato elas existem em outra aurora.
Voei, enquanto tinha asas,
Chorei, o riu que desagua,
Eu quis, e me vi sem nada,
Me perdi, me encontrei na sacada,
Por fim me lancei no encontro das águas.


sábado, 24 de dezembro de 2011

ALBUM DESCONHECIDO (Vanessa Ferreira)


Uma foto de família
Uma pose aleatória
Espontânea,
Fez-me lembrar de ti.
Aquela foto que vem na moldura,
De gente que não conheço
Mas os olhos deles
Eram tão felizes,
Tão vivos
Que brilhavam intensamente
Através do papel.
Eles mostravam com alegria
Que tinham algo desejado
Por todos os mortais,
Aquele casal tinha amor nos olhos,
E esse mesmo resplandecer
Que havia neles...
Sinto em ti.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A viagem (Vanessa Ferreira)


Tens meu corpo
Minha vida
Meu sorriso,
Tudo o que é existente
E inexistente
Dentro de mim.

Deixei-me doar
Agora sou parte tua
Não me resta nada.
Por isso devo ir
Devo fazer a viagem de minha vida
É algo introspectivo
Esqueci o que sou
Preciso me lembrar.

Tu não existes mais aqui
Nesse mundo,
Mas o meu coração
Permanece vivo
É a hora do adeus,
Então que seja...
 ...Adeus.

             

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A única coisa que pedi (Vanessa Ferreira)





Pouco é o que peço
Ainda sim não são pedidos
pois meus lábios nos seus nada falam
nada audível,
Ame-me e mais nada!
Ao conter meu súbito desejo
mexo nos cabelos de sua nuca
descanso meu pesar nos seus ombros
desenhando em minha mente um lugar de paz.
Ame-me e receba meu amor!
Aos toques singelos com ternura
a tua pureza e doçura,
seus tremores e temores e faltas de fôlego,
declarações inesperadas e teimosias,
me calas em teus versos
então no silêncio da madrugada canto:
Ama-me apenas
e eu te amarei para sempre!
Pousas tua cabeça em meu peito
inclinas tua fronte ao meu rosto
e eu contemplo um ser tão belo
vejo tal como as formas da natureza em seu frescor vívido e polposo frescor
de olhos infantis e sonhos coloridos...
então que assim seja! Eu digo amém
Ame-me por toda vida!
amarte-ei até nos véus do além se acaso existir
o infinito desconhecido que chamam de eternidade.


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O que sobrou (Vanessa Ferreira)

.
E foi um sonho
imagens pitorescas misturadas na mente
prazer simulado pela emoção
um suspiro ofegante
um toque trepidante
sensação boa que se esvai
foi assim...
como espumas e bolhas de sabão
como o desejo de comer a maçã
e fartasse com os afagos e mimos,
e tão subitamente sumiu
da forma que veio
como os figos maduros
tem sua época.
Tenho medo de passar
tenho medo que sare
que eu esqueça.
Queria manter a ferida
que não cicatrizasse
porque de tanto tentar o contrário
volto sempre a impotência de não mudar.
De mãos atadas eu busco lágrimas
mas já chorei todas elas
eu quero...
quero sempre querer.
Meu ser oscila entre a loucura e lucidez
o agir da lógica
do que é correto a fazer,
mas de fato não consigo seguir regras,
e das voltas que faço
ao abrir e fechar a porta
não quero desapegar do que eu amei,
e o que um dia amei, não se aparta de mim.

Fel (Vanessa Ferreira)


É desconfortável está oca
uma casa de pensamentos
dá lugar as lembranças
onde sem fisionomia caminha
sem a face vívida
sem chão
sem cerimônias
quase ao ponto de explodir...
Me enveneno cada dia
a cada palavra tua
a cada lembrança
e instantes imaginados,
é doce e amarga
forte e suave sua intoxicação
e bebo dela
e me faço dependente a essa droga.
Joguei as mortalhas
mas ainda me seduz
revirar-me os olhos
e volto a ter mais e mais pensamentos
num ciclo vicioso
delicioso e mortal.


Insanos (Vanessa Ferreira)

Desdenhas os pensamentos
isola os isótopos
dos diversos núcleos de átonos pessoais
riscas nas cordas do tempo
e teima sobre a relatividade e se expande
tal qual como o universo
a cada pele
faz-me falar...




Ápice (Vanessa Ferreira)



A inconstância permeia sobre a lógica
e a faz revirar
sustenta-a até dizer chega
adentrando suavemente a emoção
que chega num toque que se repele
tornando-se frenética
então a toma
até os poucos espaços que a restam...
A lógica tomada argumenta
sustentando-se apertando seus dedos a razão
tentando trazê-la para si,
mas a inconstância a surpreende completando-a
a investindo de forma certeira,
a lógica grita suas formas e grandes nomes
a inconstância vence mais uma vez
tal como a prática predomina e assassina a teoria.


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A Perca (Vanessa Ferreira)


Mais uma flor morre em meu jardim,
Antes que desabrochasse,
Antes que o perfume exalasse
Ela secou.
Pétala por pétala foi se despedindo
Chorei
Ao ver minha flor partindo
Lembrei-me das primaveras
Outras viriam,
Entretanto nada tira a cor
Daquele fúnebre botão.
Recordo da que eu te dei
Um presente meu
Deve ter tido o mesmo fim
Apodrecer antes de ver a luz do sol,
E mais uma flor morre em meu jardim.
Sei que com o tempo
Outras nascerão
No lugar da que eu te dei
Enquanto isso o que me resta
É juntar os talos
E olhá-la pela última vez.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Último Beijo (Vanessa Ferreira)


Como saber se era o último beijo?
como adivinhar?
Parecia que faríamos isso a vida toda,
que não era uma despedida.
Se eu pudesse dizer quais
os versos que fiz pensando em ti,
talvez não me chamaria de poeta
e todos entenderiam cada um.
Como saber que aquele era o último...
O último beijo.
Se soubesse...
Não o largaria
E faria daquele momento o mais especial;
Eu beberia todo mel que conseguisse
De sua boca farta e totalmente desejável,
E entornaria a doçura que guardei em seus lábios;
Despejaria-me por entre a sua língua,
Demoraria a passar o momento
Morderia de leve seus lábios mais de uma vez,
E em um abraço apertado, eu o sentiria em essência
E por fim derramaria toda poesia contida.
Mas, foi tão rápido
que às vezes nem lembro os detalhes
nem o olhei nos olhos na hora do adeus.
 



sábado, 29 de outubro de 2011

Encontros (Vanessa Ferreira)



Um
Chuva
Água
Calor                                                                                                                                         
Olhos                                                                                                                                                          
Dois
Sombrinha                                                                                                                                                     
Mão
Abraço
Beijo
Adeus.
Noite
Lua
Insônia
Café
Computador
Janela.
Sol
Espelho
Saudade
Sexta-feira
Chapéu
Chuva                                                                                                                                       
 Oi!
...

O Porto (Vanessa Ferreira)



Quero te dar um lugar
Em meio a essa folha
E aos sons formados pelas palavras,
uma casa para o sossego
para um instante de paz.
Para que esqueças a pressa
E deixe de ser estrangeiro
navegando de mar em mar.


Teus Beijos (Vanessa Ferreira)

Dizer adeus aos lábios que tive mil vezes
Em meus sonhos
E em tantas outras vezes que pude sentir o sabor,
Esses lábios que me proporcionaram alegria
E sensações inexprimíveis
De tão suave toque
Macio, delicado por entre meu rosto.
Não me imaginaria dizer adeus a eles
Ao sabor deles que acabo de conhecer,
A consistência de sua força e fragilidade
Sua volúpia e pureza
Sua ânsia e calmaria
Riscando o arco-íris no céu de minha boca,
E o desejo que suaviza meu desespero.
Depois de provar da fonte de teus beijos
Já não vejo outra droga,
Por vezes saciada deixo sobrar,
Em outros momentos anseio pelas sobras que deixei.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Luta interior (Vanessa Ferreira)


Não há mais estrelas ou nuvens
O céu está apenas escuro
Como os seus olhos
Que teimam a me perseguir.
Teimam em satisfazer o desejo                                                         
de minha alma humana
E os caprichos da juventude.
Eles teimam em me entorpecer
E deles eu quero fugir
Mesmo sem direção
Saberei aonde ir
Para longe deles.
Deixe-me ir embora
Não sei o que faria se ficasse
Não sei se sobreviveria a seu encanto
Antes que feche a porta
E não haja mais tempo,
Voz
Ou forças para fugir
Deixe-me ir!





O Depois (Vanessa Ferreira)

                           
Não há, mas nada que se possa querer.
Já lhe faltam idéias
De forma inútil está,
Há uma lacuna nas emoções.

Quando um amor vai embora nos deixa ocos
O que nos sobra são as cascas
As lembranças atormentam o coração do enamorado
Forçando sempre a recordar o melhor do que foi a sua vida.

Não há nada a ser feito
Cumprimentos artificiais, tudo ao avesso
O amor levou tudo o deixou esgotado.

O que resta é apaixonar-se outra vez
Sofrer tudo de novo de formas diferentes
Só assim saberá que está vivo.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Crise (Vanessa Ferreira)

                
Tolas palavras as minhas
Levam-me a overdose literária
Faz-me pular do precipício,
E me esconder nas entranhas,
Em confissões que de nada valem.
Tento passar o tempo com elas
E escondo a verdade
De onde vem a minha ira
Droga!
Se antes eu soubesse...
Não teria provado
Da porção afrodisíaca de seus lábios
Embebida em seus beijos;
De nada serviria
Aqueles poucos e roubados momentos
Para todo esse tempo ocioso
Longe do que virou meu vício.
Vivo em minha fauta
Em meio às recordações,
De fato o cálice que me trousse á vida
Esse me devolve a morte
E ao frio da solidão.
Eu varo a madrugada
Procurando por uma razão
Um motivo que seja
Para toda essa distancia
Caetano, Vercilo, Djavan, Gal Costa...
E cantores estrangeiros
Consolam-me noite adentro.
Tenho esperança
Não sei bem o que fazer o que dizer,
Eu quero, eu quero...
Erro em minha impaciência
Mas não há como esconder a vontade
Quando cada fibra do meu ser me sufoca,
Diz que sofro por antecedência
Então, aniquile minha inquietude,
Se for só momento, que seja,
Eu quero continuar,
Quero estar com você.
E você o que quer?


ENTRANHAS (Vanessa Ferreira)

Eu sei que um dia a beleza vai embora,
E esse belo rosto vai murchar como as tulipas
e belas margaridas de um buquê nupcial que um dia secam.

Eu sei que a pele de porcelana um dia engelha,
Que seios firmes sedem,
Que sua áurea escurece,
E a cintura macia deixa de ser. 
                                                                        
Os pés são tomados por veias,
Até as mãos tornam-se envelhecidas.

Tudo seca,
Tudo envelhece,
Toda forma de beleza tem fases
Como as estações
E os frutos do pomar.

Então o que nos resta
Em baixo dessa capa que decrepita
E que cada dia morre um pouco
É o incorruptível
O não palpável
A nossa alma.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

SIMETRIA (Vanessa Ferreira)


Mãos que passam por minha face
Acariciam minha boca,
Perdem-se em meus cabelos.         
Pergunta-se sobre formas concretas,
Porque não são simétricas,
Mas são reais
E ainda belas
São sentidas.
Os dedos se despedem de mim,
Curiosos mas cuidadosos
Seguram minha mão,
Inda sim arrumam uma mexa
Que teima sair do lugar
Dei a esses dedos a fita que carregava na luva,
E um lugar em meus pensamentos.

As coisas que me diz (Vanessa Ferreira)



Diz a mim coisas
Me pergunta:
Achas que não tenho certeza daquilo que digo?
E continuas
Sou sincero!
Eu retruco mais uma vez:
Como pode?
Então adentras minhas entranhas em voz cortante
Eu te amo...
Me dizes essas coisas e me rasga
Me angustia
E me dá tamanha satisfação.
Vivo em contradições de mim mesma
E só você tem a certeza
A certeza que me devora.

PASSOS ALADOS (Vanessa Ferreira)


O tempo passava
Rápido demais
Meu coração palpitava
O celular às vezes tocava
E aumentava meus “ais”.
E então eu resolvi
Disseste onde sempre o encontraria
E eu fui.
Fiz-me mais bela
E então resolvi
Onde dissestes que estaria
E eu fui contra o vento,
Os ponteiros voavam
Como os pensamentos...
E resolvi
Queria vê-lo
Sem mais delongas
Então... eu fui
E...
Não estavas lá.

Confissão (Vanessa Ferreira)

Eu tenho um amor escondido dos olhos alheios
Do sol , da noite, do calor, do frio
E das minhas inseguranças.
Tenho um amor como tenho a vida
Afável e bela um tanto imprevisível,
Sim eu tenho um amor.
E eu ei de gritar que tenho
Em meu mundo surreal
Em cada conto e poema eu tenho um amor.



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

ESSÊNCIA CRUA (Vanessa Ferreira)


Não sinto nada
O toque,
O abraço,
As palavras,
Estou em meu casulo,
Meu casulo imaginário.
O tempo se fechou
Sei disso
Porque sinto as gotas de chuva
Molhando a mim,
Lá se vai o pouco pó de arroz
Que havia colocado no rosto.
Gosto do meu rosto limpo
Sem máscaras,
Só minhas pupilas,
Íris,
Lábios
E outras partes de minha face
Puramente eu.
Fria,
Sossegada,
Tranquila
E feliz em meu mundo
Mundo de letras,
Planeta cheirando a papel.


Sangria (Vanessa Ferreira)

 
“O que tenho em minhas mãos?”
Isso queres saber?
Pois digo que não direi!
Atrás dos enfeites, laços
E da armação de meu vestido
Escondendo minhas mãos nas costas
Eu refugio de seus olhos
Meu maior segredo...
Podes conquistar meus olhos
Meus pensamentos,
Mas não o mostrarei o que trago,
E isso não te darei
Por mais que insistas.
Eu o guardei protegido em meus dedos,
As pétalas da última flor
Que ganhei do meu primeiro amor,
Mas as pétalas carmins
Logo viraram sangue,
E a rosa chorava...
Ao olhar minhas mãos na vermelhidão
Estava um pedaço de mim,
Uma carne que pulsava
E que estava em ruínas,
As pétalas ocuparam o lugar do meu coração,
Das mãos ele sumiu,
Mas elas as pétalas
Estão sangrando
Vermelhas...
Não quero que vejas
Não mostrarei o que escondo em minhas mãos,
Vestígios de amores perdidos.



domingo, 9 de outubro de 2011

DEFINIÇÃO (Vanessa Ferreira)

Acho que não devo mais dizer “Eu te amo”
Só se diz essas coisas quando se tem certeza...
E como posso sintetizar tudo em três palavras?
Como resumir o desconhecido?
E se não for amor?
E se for outra coisa?
Um desses sentimentos sem nomes, sem classificação?
Como definir algo tão complexo quanto os quantum?
A antimatéria desconhecida?
Os focos de luz em expansão?
Se somos parte do cosmo,
o que sentimos também é sua composição...
Então, então...De fato temos medo do desconhecido
da matéria escura em nós.
Torna-se tão necessário
Como o apego que te dei
E a confiança que presenteei
Fiz, e fiz consciente tal sacrilégio
E pronunciei tais palavras,
E quero pronunciar.
É justo dá a tal emoção um nome tão comum e monótono?
É justo chamá-lo de amor?


MONOTONIA CRIATIVA (Vanessa Ferreira)

Penso desde as vestimentas
As expressões idiomáticas,
As músicas de protesto
E o rock juvenil
Isso!
Ostentação.
Penso em como estarei,
De qual forma que ei de me comportar
Penso no sair
Penso no chegar.
Às vezes quero
Às vezes penso não querer...
Droga de dias piegas!
Droga de lastimação!


terça-feira, 4 de outubro de 2011

SEM VALOR (Vanessa Ferreira)

Já se tornou banal
As rosas vermelhas,
O desejo,
O beijo...
O encostar das mãos,
O roçar dos pés,
E meu coração acaba aceitando
Que não existe amor...
E acredito duvidando
Ainda está relutante
Minha fantasia...
Aquilo que guardo
Que nunca revelei
Nem a mim mesma,
A dimensão de quanto amor
posso dar, posso comportar,
Quantos desenganos
Inda posso suportar
Quantas dimensões
posso explorar...
Desejo,
Beijo,
Sensações,
Sabores,
Prazeres,
Beleza,
Profundidade,
Tudo já se tornou banal,
Torno-me estranha
A grande parte de mim
Não adere a essa ideia;
Carrego um pequeno raio de otimismo.


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O principe e a rosa (Vanessa Ferreira)


Pensas, pensas, e pensas
Questiona-me por vezes, por horas
E mais e mais perguntas...
Me diverte, me distrai...
Ora, poderia usar trocadilhos
Mas...não usarei
Poderia ser perverso?
De fato não me conheces
e teme, teme pelo pior
pelo melhor...
Agora ainda me interroga ao olhar minha face
ao ver meus olhos
ao provar de meus lábios
e deixar a marca de seu suave perfume em minhas mãos.
E eu apenas sorriu,
e agracio tua doçura inquestionável.
Rosa, me mostra teus espinhos
e o alto do penhasco a escalar para achegar a ti,
a copa de vidro que a cerca,
que a sufoca,
Só tu podes libertar-se rara flor!
Inda sim não impede-me de admirar-te
alma livre porque aprisiona-te?
Compartilhe comigo seu mistério,
Anda...Questiona-me!


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Quase... (Vanessa Ferreira)


Num cortante silêncio ainda ouço sua voz,
Que se estende a cada ligação,
Em um breve tempo trocávamos nossas teorias
Nossas vidas num constante conhecer.
E por quê? Mesmo sabendo que não virias
Mesmo ouvindo tua voz nessa noite fria
Inda que me conforte as agonias
Eu sinto tão longe e a hora é tardia.
Singular, inovador, próprio, único...
Brigas de formas tão ternas e suaves
Instiga-me...
Vai conquistando espaços
Agudos e graves,
Lágrimas e sorrisos
E quase todo meu ser...
Quase...
Quase...
Por pouco, tão pouco inda falta completar
Inda falta ser meu par
Se já é a companhia noite e dia,
Não me convencestes a me convencer?
Mas inda não venceste.