Toda vez que exponho a minha dor
Ela diminui a me afligir
Não que deixe de existir
Pois ela inda estar ali.
O vento vai levando
De poucochinho a poucochinho
A lembrança infeliz
Das coisas que tive
Do que devia ter feito
E do que nunca fiz.
A cada dia que passa
Vou esquecendo
Recordações vão se perdendo
Frases, palavras, encontros, suspiros
Sonhos perdidos
Realidades que fiz com minhas mãos.
Com o tempo
A mágoa diminui
O espaço é ocupado,
E eu vivo
Um dia após o outro
De sensação a sensação,
Enchendo-me do frescor
Do orvalho do vento que perpassa.
Vivo simplesmente
Respiro profundamente
Como e durmo
Trabalho e folgo
E então descanso
Olho as horas...
Tentando não lembrar
Derrotando aos poucos
A força que teima a me vencer,
Vivo meus dias
E tento esquecer.
Do que me vale à vida
Se eu não viver?
Eu vou tentando esquecer você.
Nenhum comentário:
Postar um comentário