Sei bela orquídea que te fui infiel
Que desleal não guardei nosso breve encontro
Que rasguei as pétalas uma a uma
e borrei teus sonhos
Enquanto banhar-me de suas lágrimas.
Sei docíssima, minha querida, eu sei.
Mereço tua repulsa
Teu ódio
Tua negação.
Vim porque os ventos mudam de direção
E para mim também mudaram-se os rumos.
Posso contemplar além de tuas formas
Na profundeza de teu pigmento
No que diz ser essência
Na raiz de um pensamento.
Volto para ti orquídea se ainda me quiseres
Como as águas das chuvas que voltam ao mar
E o inevitável dia
Assim eu volto para ti.
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