.

...Passo e bailo no nada, no nada floresço....

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Pintura celeste (Vanessa Ferreira)





Como a lua  apresenta-se pela metade

Apenas em algumas noites

Percebo eu que a existência

É certa coisa inquestionável

É notória

Apenas isso

Simples assim.

A distância torna tão pequena o grande astro

E de fato continua a mesma lua

A mesma que apresenta-se todas as noites.

Nessa noite está menor

Poucas estrelas a acompanham

Rodeada de quase nenhuma nuvem

Não deixa de ser lua

Como minha existência  continua imprevisível

Frágil e finita

Meu “eu” lírico encontra-se escrevendo

A essa lua incompleta e completa

Tentando me tornar eterna

E a ti do outro lado do papel

Até que me faltem as palavras.









Um comentário:

  1. Poética, intensa, noturna... em meio a sonhos e devaneios, a loucura de se estar sã em meio aos "normais". E o que é normal? Toda a unanimidade que insiste em nos rotular. E escrever nos livra deste mal... Continue, em versos ou em prosa, a delinear teus belos sonhos... Abraços, Moran

    ResponderExcluir