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...Passo e bailo no nada, no nada floresço....

domingo, 10 de abril de 2022

Favo (Vanessa Ferreira)

 

A vida é um caminho de aprendizagem

E uma das coisas de que se é feito é de saudade...

Viro poema a cada manhã

Dentro de taças, xícaras, canecas...       

Independente do líquido

Ainda sei dar mel mesmo quando a vida amarga.



Maturada (Vanessa Ferreira)

 



Às vezes sou um Rosé Prosecco Festivo,

Pronto para abraçar a boca de quem comemora. 

Alcoólica, marcante nas notas do que me misturar

Acompanhando alegria e saladas...

Por vez sou um tinto seco hora avinagrada

A vida pesa e esqueço-me do sabor frutal.

 

Hora vestida de branco, transparente,

Carregada de significado

Notas de madeira, carvalho, aromática

Verde, harmônica, glicosada e acolhedora.

 

Numa varanda vento frio um demi-seco

No calor do sol tinto gelado suave de mesa

Vinho do Porto na ânsia de doce

Desconhecidas marcas e conhecidas outras

Mutações, misturas...

 

Aprecia-me posso ser feita de várias,

Tantas dependendo da safra das fases da vida.

Colhida, esmagada, transformada

Caldo meu que tu bebe a cada verso.

 

A temperatura me matura viro álcool

Sem perder a doçura

Um pouco dessa graça fica em meu vermelho Sangue coagulado.

 

Faço parte do prato principal

Envelhecida a cada experiência

O tempo só me valoriza e explodo em seu paladar.



 

 

sábado, 2 de abril de 2022

Servida? (Vanessa Ferreira)


Nesse drinque  eu lhe sirvo uma alma antiga

Nasceu para mim que parece que viveu cem anos

Quem sabe uma daquelas senhorinhas chique da tv.

O sabor das ervas

Um chá alcoólico onde o gelo e a azeitona dançam com uma tônica...

Pegue uma cadeira ou faça uma faxina para brindar

Num jantar a dois 

Na mudança.

O que devo dizer ?

Talvez tentada a colocar poema nessa taça 

Quem sabe depois de Poemas no Vinho

Ou talvez só uma versão a la Vanessa de Martini.




360º (Vanessa Ferreira)

 

Quando estou nos teus braços

Perco-me do som

Me sinto parte do infinito

Meus ossos doem da tua falta

Além da velocidade da luz

Meus pés perdem a gravidade

Em viagem astral eu te beijo

Numa noite de sábado.