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...Passo e bailo no nada, no nada floresço....

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Balada de um amor (Vanessa Ferreira)


Me deixo ser amada
Como uma empreitada
Fechamos diárias
Contratos
Barganhas.

Me deixo ser amada
Mimada
Amaciada
Amolengada
Moldada de carinho.

Me deixo ser vista
Carente
Desesperada
Querendo me aninhar.

Dás-me tanto afeto que esborras
Recebo até mais do que comporto de ti.
E quando não estás
O vazio é tão grande que faz ecos...

Por isso vou fazer nutrir a poesia
De poema a poema
Sinto o baque da saudade
Me levar ao mais profundo sono
Que é onde quero ir
Apagar, sumir a noite enquanto não vens.

Só existe a poeta na escuridão solitária
E a  mulher espera tua volta.










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