.

...Passo e bailo no nada, no nada floresço....

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Piloto automático (Vanessa Ferreira)

Se foi
Como vento
Me sugastes a vida
Manipulastes meu querer
Fosses um doce veneno até eu ter repulsa
Quis botar meus dedos na garganta e te vomitar
Expelir todo e qualquer rastro teu.

Se foi
Eu muito chorei
Pensei: "No que errei?"
Fiz das tripas coração
Vivi além
Até que quando cheguei do outro lado de mim estava cinza
Vi-me triste.

Mecanicamente eu vaguei
O sangue me voltou a pulsar e me vi só
Olhei seus olhos e não o reconheci mais.
Um belo dia eu fui
Mas ainda estava me despindo de ti
Até que após o inverno
Se foi.



Nenhum comentário:

Postar um comentário