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...Passo e bailo no nada, no nada floresço....

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

OS RASTROS (Vanessa Ferreira)







Através de minha face                                                                                 
Conheces minhas expressões,
A alegria,
A tristeza,
A melancolia...
Uma bela recepção é um sorriso,
Uma lágrima carrega um adeus,
Meus olhos no espelho
Brilham encharcados
E eles retratam
O que está no meu ser,
O interior é exteriorizado,
Olhos perdidos
Lembranças perdidas...
Fecho os olhos e a sufoco,
Sufoco até que sumam,
E quando somem
Tento viver
O agora,
O hoje,
O aqui...



A CURA (Vanessa Ferreira)



Bocas em bocas
Olhos fechados
Mentes vagas
Pensamentos abstratos,
Cores e formas
Imagens psicodélicas,
Surreal,
Passivo,
Eterno.
Daí vem o adeus
Tudo se resume a isso
Ao nada
Ao tudo                                                                                                                                
Ao sem forma
Ao vazio.
Um mergulho
Nos limites do firmamento,
Virando estrela
Ou ungüento
Que ameniza
As feridas
E os vestígios das dores
Dores profundas e escondidas.





sábado, 22 de setembro de 2012

Enigma (Vanessa Ferreira)



Certas coisas nunca irás entender...

O que se passa na minha mente

O que me assusta de repente

Por mais que esteja

Não está lá.

O que se esconde no fim do tempo

As partituras que rasguei

As flores que um dia te dei

Certas coisas nunca irás entender ...

Mesmo que tente por todas formas conhecer.

Se o sorriso é verdadeiro

E o que tenho em meus sonhos

Por mais que esteja

Não está lá.

O que vejo nas nuvens

O que sinto em abstrato

O que eu falo quando eu calo

Certas coisas nunca irás entender

Por mais que queira muito conhecer

O meu mundo

                      O meu mundo...




Certeza (Vanessa Ferreira)




  

Ainda beijarei seus lábios

Até o escarlate doce entorpecer-me

A distância será finda

E de fato, suas mãos estão nas minhas

Seus braços atados em meus abraços

E olhares sincronizados.

Ainda terei o belo e apetitoso sorriso

A voz que vaga de encontro a minha

que desata em embaraços

e em meio a laços

desata meus nós.






terça-feira, 18 de setembro de 2012

Reflexo diferencial (Vanessa Ferreira)




O risco torto se refez

O som informe equalizou

E o belo escondido permanece

Agora irradiado aos poucos

Suavizado ao desespero que havia tomado

a ansiedade arrasadora e dolorida

Esvai-se como os dias de uma vida.

E ao poeta vale ressaltar a beleza

A beleza que ainda não havia notado.




segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Infinitamente (Vanessa Ferreira)




E o que pareceu-me inusitado
Tal qual resultado das fórmulas
As complexas partituras
E aos segredos do cosmo
A tua essência me foi atrativa
Como o verme do conhecimento que alimento.
Tão puríssima, delicada formosura
A mistura das substancias
A união de prótons e nêutrons
E ao mesmo a excelência da alma
Metafísica ...
Filantropia...
Na complexa física quântica
Fez-te meu o seu perfume
Me fez querer-te um pouco mais.
Não sou dado a cavalheiro
Mas por ti fui o sonho
Na metamorfose de mim mesmo.
Entretanto, de nada vale as tais palavras
Pois, não há mudanças verdadeiras
Nada deixou de ser o que era.
Porém, sua sublime aparência
E seu sorriso não se perdem,
Que dirá eu que errei pelos céus
Ao tentar tocar o azul
Deixei à lógica e quis-me teletransportar ao belo
E manchei seu sorriso.
Entretanto além das fórmulas dos números
E da equação deles
Tão longe dos mistérios de gráficos
Queria desvendar teus olhos
Pois, pensar em ti me consome mais
Que uma viagem às estrelas.








sábado, 8 de setembro de 2012

Fênix (Vanessa Ferreira)



Perdi um pedaço de mim
Mais sobreviverei como das outras vezes
O tempo da dor já passou
E é a hora de virar a página
E fazer um novo começo.
Esse é o momento perfeito
Para retirar as cinzas do meu coração
É ele continua a bater sempre
E me ensina a superar
Sei que isso é possível
E que posso conseguir.
A vida não espera
Que estejamos pronta prá ela
Ela simplesmente segue
E está na hora de migrar
Em outra direção,
E renovar-me como a águia,
Diferente delas tenho mais chance de renovos.
Dessa vez não há cartas na manga
Nem lembranças escondidas
A mudança vem de dentro
É o momento de amadurecer.







PRESENÇA (Vanessa Ferreira)



Com a luz que reflete o dia
E leva o sol até a ti  vou junto,
Eu estarei lá.
Com as músicas que tocam no rádio
Que te emociona e te faz pensar
Serei o acorde persistente
Do começo ao fim
Eu estarei lá.
Com as lembranças da história
Que persistem e moram em ti
Sou uma entre tantas delas,
Estarei lá.
Com os aromas que existem
Que entram em suas narinas
E param na memória,
Por eles serei lembrada.
E por mais que insistas em evoluir
Em esquecer ou fingir não crer
No que fui e deixei de ser para ti,
Por mais que estejas despercebido,
Vai sentir que sempre
Por mais sutil que seja
Eu estarei lá.


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Peregrinação (Vanessa Ferreira)





O gosto amargo na boca

Queima a garganta

E afeta os nervos

O sabor do mal dizer,

Do que se diz ser raiva

Um nó na garganta

Desespero, vazio

Tristeza, agonia.

Remorso do nada

Medo do tudo

Enjoa cada célula do poeta

Marinado na profunda saudade

Das palavras saboreadas...

De nada vale seus versos

De nada vale.


Canção profunda (Vanessa Ferreira)




Dia após dia

Cada dia vai passando

Suave na sua curta duração.

E ainda encontro canções que cantaria para você,

E essas melodias agora tardia apresentam-se

Pois, a magia é finda

E o amor é finito.

Já não posso cantar para ti

Não terias a mesma emoção de outrora

As mesmas reações.

E agora soou a melodia silenciosa

Em eco interior.