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Sobre o livro "Poemas no Café"
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terça-feira, 10 de abril de 2012
Tornando-me névoa (Vanessa Ferreira)
E amei
Amei tanto que definhei
Que chorei
Que gemi não de prazer
Mas sim de dor
Dor constante
Dor ritmada
Única pulsação latente.
E o corpo em si não mais suporta
E delira em febre
em compulsão
Secam-se as fontes
inibem a voz
Num incomodo solitário.
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