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...Passo e bailo no nada, no nada floresço....

domingo, 30 de agosto de 2015

O Beijo (Vanessa Ferreira)



Seus lábios nos meus
E tudo para
Deixo de querer soluções para tudo
Minha mente inquieta sossega
Meu corpo acalma.
E não há palavras a serem ditas
Não há mistérios a serem resolvidos
Tudo emudece.
E a filosofia se faz nesse encontro
Nos sabores
Nas entrelaçadas línguas
No sentir
Voltando aos primórdios negando a razão
Ressaltando a essência das palavras não ditas
Do calor, do sabor de tua boca.

sábado, 8 de agosto de 2015

Rabiscos (Vanessa Ferreira)


Amante das letras

Na busca do refúgio das palavras

Sobre a coberta de papiros e A4

Limitam-se as linhas

Perco-me no que é dizível

E as entrelinhas entregam-me.

E derrepente aquilo que tinha medo não a assutava mais...

E tudo é belo e a beleza aflora nos pequenos detalhes da vida.

À luz da Íris (Vanessa Ferreira)

Eu vejo em seus olhos

Um oceano de palavras não ditas

Poesias incompletas

Melodias pela metade

E até a represa desaguar

E atravessar o medo

O som se emudece.

Embora sem nuvens

Com o céu azul sobre nossas cabeças

Tudo o que se quer é paz

 Riso

Gozo

Alegria

Nutrir a força motriz da vida...

E até a represa desaguar

Verei em seus olhos

Um oceano de palavras não ditas.




Interno (Vanessa Ferreira)



O sol e a lua mantém seu lugar

E tudo está normal

Trivial.

Céu azul

Paz na terra

Tempestades dentro de mim.

Aparcento as ovelhas

Meço minhas emoções

E por um momento tudo está calmo

Encontro a serenidade longe da ociosidade.


segunda-feira, 2 de março de 2015

Sentinela (Vanessa Ferreira)


Olhe o mundo de verdade,
Sem distorções
Não se assemelhe a fragilidade das princesas de conto de fadas
Como uma torre de papel que não sustenta vendaval
Ou uma estátua de açúcar
Delicada, frágil, altamente destrutível
Seja um castelo de ferro por dentro
Seja um soldado de Esparta.
Seu mundo não desaba
Nada vai sumir
Ainda há céu sobre sua cabeça
e chão para seus pés.
Não vês que te agarra a uma imagem falsa
Ideal destrutivo
Um pesadelo acordada
Uma tela abandonada,
Rasga-a.
Pinta de tulipas sua mente
Enche de copos de leites brancos
Tule e véu
Entra pisando a passadeira verde
Volta ser o lírio doce que eras, porém corajoso
Forte, seguro
Apaga as ideias
Vai ao inconsciente e transforma teu campo de batalha
Num lugar de paz
Ao olhar para o altar entrega-te a fé consciente
E para mim esteja inteira
Remenda-te teus pedaços
domina teu mal onde ninguém vai
onde só tu vês.
Te conheci e te entendo
Quero beijar-te
Amar-te bem
Quero que esteja de todo pronta para vida
Que vença o que combate
E posso ser  apenas teu torcedor
Não se arraste, não rasteje, levante,
Usas teu discernimento
Levante e seja apenas quem era.
Não suporto  ver-te em lagrimas
Se entregando ao pavor de um devaneio
Sai deste mundo de dor e olha para fora
Volta a sentir-se em paz
Volta para mim e estarei ao lado.
Sentes minha mão na sua?
Saibas que vou te dizer sim todos os dias da minha vida
Beijar-te-ei como se fosse o último beijo
Haverá sempre para ti aconchego em meu olhar
E como a um botão delicado de rosa a desabrochar
Tal qual nessa  suavidade amarei cada parte de ti.
Tudo o que passas podes vencer
Oceano de pensamentos vem e vai
Cabe  a ti vestisse das roupas da coragem
E ser dona do palco da tua emoção
enquanto me haja folego hei de encorajar-te
Hei de lutar como posso em favor dos teus louros e troféus.