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...Passo e bailo no nada, no nada floresço....

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Conto: Cela II (Vanessa Ferreira)



         ...“Ouçam as vozes”, dizia mais um assassino no presídio de segurança máxima. ”É louco, é louco.” diziam os demais detentos. Sebastian um dos demais era o único que nada falava quando Tomas seu companheiro de sela anarquizava e ria do que estava alucinado.
       O carcereiro olhava para os mesmos pedindo calma e com palavras obscenas era recebido, algo foi jogado no agente penitenciário e ele tentava recuperar o cinza de seu uniforme.  “Babá de preso” era o que dizia a mãe do agente, sua mulher não reclamava o seguro de vida a fazia feliz, seus filhos nem eram seus mesmo, mas tão valendo. O que havia de comum no presídio era a vida “maravilhosa” que todos levavam inclusive do diretor, era um dos poucos a se dar bem.
        Sebastian há pouco tempo ganhara uma bíblia e se denominava evangélico esse e o motivo de não participar mais de eventos como esse, e sei de tudo isso porque divido a sela com ele e Tomas. Bem o estilo de vida evangélico e ótimo faz bem a alma e dependendo de sua sinceridade ainda lhe rende diminuição da pena dependendo do que seja.                                  
         Sou inocente, mas com certeza você não acreditará, pois é o que todos dizem; tudo bem. Há! você quer saber como vim parar aqui?!,Desculpe-me não ter-lhe ouvido faz um tempo que não recebo visitas normalmente sou educado o mandando procurar meu advogado e cá entre nós o homem é carrancudo!Também já não o pago há um tempo, irão transferir meu caso ao estado se o desgraçado do Oliver não tomar as providencias cabíveis.Desculpe você não conhece o Oliver  ele é responsável pelas poucas ações que me restam , trabalhava para uma empresa particular de doces a “Delícia de sabor”,os doces de lá ate que não eram maus mais evitava que os meus filhos comecem em excesso, continuando eu era o auxiliar do diretor de marketing e ele estava bolando um golpe na empresa sem o meu conhecimento ,usou os meus dados e quando a bomba estorou foi pra cima de mim,o que me indignou era que o golpe era bem pensado e que o vice presidente da empresa fazia parte se omitindo já que o diretor era seu melhor amigo e também pretendia roubar seu pai o velho Richer dono das indústrias “Delícia de sabor” .Eu tenho provas mas não havia como ganhar a causa; tivemos de fazer um acordo manobrado que me renderam péssimos cinco anos de cadeia.                                                                                                                                  
      “Que merda Tomas!”Desculpem  outra vez, é que o tomas usou uma das minhas anotações para...deixa pra lá .Esse terno que estou está mesmo mal lavado, pode ignorar percebo como olha as riscas de giz que ele tem é de segunda mão eu sei ,sei como diferenciar os bons dos ruins ,só usava os melhores. Bem onde eu parei,estou aqui fazendo parte da escória da sociedade                                                                                    
     Tá servido? Não olha assim é o que temos de melhor, quando se engole melhora o problema, é só por pra dentro. Desculpem a linguagem ambígua, estou no terceiro ano e minha mulher acabou de me dizer que acabou no fundo eu sabia que ela não acreditou em mim, mas tenho esperanças de recaídas ou pelo menos favores sexuais não sou nenhum pervertido mas isso é algo que faz falta.bem,cinco anos por fraude eles diminuíram a acusação ficou em família ,meu nome nunca será o mesmo ,e eu nem posso mandar eles se d......Acho que acabou meu tempo, não o de cadeia faltam dois anos espero que eles passem rápido.”
 “Mão na cabeça”                                                                                       
_o que é isso?                                                                                              
“Perdeu almofadinha também vai!”
“Corram, corram rebelião!”
                Autora: Vanessa Ferreira 
Como você terminaria essa estória?