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...Passo e bailo no nada, no nada floresço....

sábado, 29 de janeiro de 2011

Uma garota comum? (Vanessa Ferreira)


       Havia uma garota, uma garota como as outras. Vivia no mesmo estilo de vida de onde morava, estudava, trabalhava, frequentava cultos religiosos e parecia-se dura e implacável com algo e não sabe-se o quê. Esperava todos os dias que o dia acabasse e chegasse a noite. O seu fascínio por estrelas não era o único motivo pelo qual esperava anoitecer; sua vontade era de sonhar, nos seus sonhos sentia-se livre e ao mesmo tempo poderosa, criadora de coisas e males.Todas as noites era uma aventura diferente, lugares novos, pessoas incríveis e o melhor de tudo: ela podia ser tudo que ela quisesse.
          Nada lhe parecia entediante nesse mundo, a sua mente guiava seus passos e detalhes dessa dimensão,  “e cá entre nós sua mente era fértil.” Dentre os demais prazeres alcançados em cada sonho, adorava voar, voar o mas alto possível por entre as nuvens; e quando voava invisível era mágico; correr nunca foi tão bom para ela como era ali, mas comparado a voar só a dança do gelo se aproximava à real satisfação que sentia.Tudo por mais irreal e improvável que poderia ser, pensava que era bom ter um lugar que só ela pudesse entrar e guiar.O amanhecer chegava e não deixava de ser legal,ela podia escrever tudo que viu em seu caderno de sonhos, desenhar imagens e até contar a sua suposta ação à alguém que confiasse amiga ou coisa e tal. O que às vezes a abalava e fazia se entristecer era o temor de um dia crescer e ter de abrir mão de seu lendário mundo dos sonhos criados a mão.
         Porém, ao perceber que estava equivocada deu lugar a realidade e viu que ao crescer seus sonhos não acabariam em ponto final, mas ganhava inúmeras vírgulas pois ao crescer o seu mundo escrito à mão crescia junto,se ampliava.